VIOLA ESTRADEIRA DE CÍCERO GONÇALVES
ESTRÉIA NA VELAS
"Queria que a vida toda/fosse uma só alegria/
banhada na luz de estrelas/que seguem em romaria/
mas pego minha viola/rompendo de sons ligeiros/
se aqui estamos de passagem/me transformo em passageiro./
já que sou um estradeiro/e quero seguir viagem/
que a vida tem sua margem/e eu tenho o meu roteiro."
("Vento Brejeiro", de Cícero Gonçalves e Ginaldo Capistrano)
Os mineiros de outras regiões costumam dizer que o conterrâneo de Governador valadares para cima é como baiano: não nasce, estréia.
Nascido em Teófilo Otoni, no norte do estado, e criado no no Vale do Jequitinhonha, onde a seca parece criar a poeira de estrelas das canções românticas, o cantore, compositor e violeiro CÍCERO GONÇALVES justifica o folclore. Atento á cultura popular e festeiro desde criança, chegou estudar agropecuária em Salinas, mas só encontrou sua vocação em 1988 quando, depois de participar de dezenas de festivais de música popular, resolveu assumir a carreira musical. Foi para São Paulo estudar Violão Clássico no Conservatório Musical Villa-Lobos, com folego para criar e participar de projetos culturais e se apresentar em bares, praças e casas de cultura de várias cidades e estados.
Influenciado por Elomar, Renato teixeira, Tião Carreiro, João Pacífico e Almir Sater, CÍCERO GONÇALVES tornou-se um violeiro autodidata, e passou a compor para o instrumento que as duplas "sertanejas" vêm trocando por guitarras e teclados de animar rodeios. "OFERENDA", disco que marca sua estréia pela Gravadora Velas, é um caso raro de de disco de voz e viola que une sotaques musicais variados filtrados por uma voz fluente e agradável, capaz de seduzir o ouvinte da chamada "MPB" e da música regional. O CD foi produzido por Geraldo Viana- responsável também pelos arranjos e violões, que já assinou produções de Pena Branca e Xavantinho e Tavinho Moura, entre outros. Aberto com uma bem sucedida adaptação de "Gesubambino", do italiano Lucio Dalla, que Chico Buarque abrasileirou como " Minha História", o CD oferece um cardápio crIativo e bem costurado. Do surpreendente sotaque gaúcho da junção de "Felicidade", de Lupcínio Rodrigues, com a folclórica "Prenda Minha" e da pungente "Ora Viva São Gonçalo", do paulista Paulo vanzolini, ao tom nordestino de dois temas da Banda de Pau e Corda("Flor D'agua, "vivência") e da "Estrela Miúda", de Luiz Vieira e João do Vale, a 'OFERENDA" de CÍCERO GONÇALVES é rica como uma boa paga de promessa.
O Villa-Lobos, via Teca Calazans e Milton Nascimento, de "Caico", a pura poesia de "Tirana", de Castro Alves, musicada por Edelmir e a dolência romântica da épica "Lenço e Vento", de Zé Pedro e Raymundo Prates são entremeadas por três composições que provam a eficiência de CÍCERO GONÇALVES como autor: a instrumental "Andaluz", de pega européia e erudita:a arrebatada "Vento Brejeiro" e a faixa título, celebração do poder sedutor da viola.
"OFERENDA"- tem lugar tanto nas rodas de caboclos de chapéu na cabeça e moças de vestido de flor, como nas mesas de bar povoadas de calças jeans e blusas de malhas. Basta que nos dois casos haja espectadores prontos para ouvir música brasileira de boa cepa, com a beleza das coisas feitas com paixão.
KIKO FERREIRA
ESTRÉIA NA VELAS
"Queria que a vida toda/fosse uma só alegria/
banhada na luz de estrelas/que seguem em romaria/
mas pego minha viola/rompendo de sons ligeiros/
se aqui estamos de passagem/me transformo em passageiro./
já que sou um estradeiro/e quero seguir viagem/
que a vida tem sua margem/e eu tenho o meu roteiro."
("Vento Brejeiro", de Cícero Gonçalves e Ginaldo Capistrano)
Os mineiros de outras regiões costumam dizer que o conterrâneo de Governador valadares para cima é como baiano: não nasce, estréia.
Nascido em Teófilo Otoni, no norte do estado, e criado no no Vale do Jequitinhonha, onde a seca parece criar a poeira de estrelas das canções românticas, o cantore, compositor e violeiro CÍCERO GONÇALVES justifica o folclore. Atento á cultura popular e festeiro desde criança, chegou estudar agropecuária em Salinas, mas só encontrou sua vocação em 1988 quando, depois de participar de dezenas de festivais de música popular, resolveu assumir a carreira musical. Foi para São Paulo estudar Violão Clássico no Conservatório Musical Villa-Lobos, com folego para criar e participar de projetos culturais e se apresentar em bares, praças e casas de cultura de várias cidades e estados.
Influenciado por Elomar, Renato teixeira, Tião Carreiro, João Pacífico e Almir Sater, CÍCERO GONÇALVES tornou-se um violeiro autodidata, e passou a compor para o instrumento que as duplas "sertanejas" vêm trocando por guitarras e teclados de animar rodeios. "OFERENDA", disco que marca sua estréia pela Gravadora Velas, é um caso raro de de disco de voz e viola que une sotaques musicais variados filtrados por uma voz fluente e agradável, capaz de seduzir o ouvinte da chamada "MPB" e da música regional. O CD foi produzido por Geraldo Viana- responsável também pelos arranjos e violões, que já assinou produções de Pena Branca e Xavantinho e Tavinho Moura, entre outros. Aberto com uma bem sucedida adaptação de "Gesubambino", do italiano Lucio Dalla, que Chico Buarque abrasileirou como " Minha História", o CD oferece um cardápio crIativo e bem costurado. Do surpreendente sotaque gaúcho da junção de "Felicidade", de Lupcínio Rodrigues, com a folclórica "Prenda Minha" e da pungente "Ora Viva São Gonçalo", do paulista Paulo vanzolini, ao tom nordestino de dois temas da Banda de Pau e Corda("Flor D'agua, "vivência") e da "Estrela Miúda", de Luiz Vieira e João do Vale, a 'OFERENDA" de CÍCERO GONÇALVES é rica como uma boa paga de promessa.
O Villa-Lobos, via Teca Calazans e Milton Nascimento, de "Caico", a pura poesia de "Tirana", de Castro Alves, musicada por Edelmir e a dolência romântica da épica "Lenço e Vento", de Zé Pedro e Raymundo Prates são entremeadas por três composições que provam a eficiência de CÍCERO GONÇALVES como autor: a instrumental "Andaluz", de pega européia e erudita:a arrebatada "Vento Brejeiro" e a faixa título, celebração do poder sedutor da viola.
"OFERENDA"- tem lugar tanto nas rodas de caboclos de chapéu na cabeça e moças de vestido de flor, como nas mesas de bar povoadas de calças jeans e blusas de malhas. Basta que nos dois casos haja espectadores prontos para ouvir música brasileira de boa cepa, com a beleza das coisas feitas com paixão.
KIKO FERREIRA